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Após a realização de diversas leituras referentes ao conceito de currículo foi possível identificar várias definições como: currículo formal, que corresponde aos planos e propostas pedagógicas; currículo em ação, que diz aquilo que efetivamente acontece nas salas de aulas; e o currículo oculto, que configura o não dito, formas de relacionamento, poder e convivência nas salas de aulas e escola como um todo. Currículo no conceito educacional tem por finalidade abranger os conceitos de estudo e programa de ensino, onde os mesmos buscam a melhor aprendizagem para os alunos. O currículo representa, assim, um conjunto de práticas que propiciam a produção, a circulação e o consumo de significados no espaço social e que contribuem, intensamente, para a construção de identidades sociais e culturais. Enfim, currículo é por conseqüência, um dispositivo de grande efeito no processo de construção da identidade dos alunos.
De acordo com Moreira, em indagações sobre currículo em seu fascículo “Currículo, Conhecimento e Cultura” o currículo é em outras palavras, o coração da escola, o espaço central em que todos atuam, o que nos torna, nos diferentes níveis do processo educacional, responsáveis por sua elaboração. E o papel do educador no processo curricular é fundamental. Ele é um dos grandes artífices, queira ou não da construção do currículo que se materializam em sala de aula. Daí a necessidade de constantes discussões e reflexões na escola, sobre o currículo, tanto o currículo formalmente planejado quanto o currículo oculto.
Dentre as várias contribuições que as tecnologias proporcionam ao desenvolvimento do currículo, podemos citar: articulação entre disciplinas e mídias digitais; troca de experiências por meio dos Blogs, fóruns, sítios..., são metodologias que levam em conta o interesse e as preferências de aprendizagem dos alunos.
A integração das tecnologias ao currículo se estabelece através de uma visão transformadora da escola objetivando desenvolver um espaço de experiência, ensino e aprendizado de forma eficaz, com o intuito de alcançar um resultado que supre as necessidades educacionais da escola. Vivemos a fase de mudanças na educação e a tecnologia educacional vem oferecendo meios para que a aprendizagem seja mais significativa, vivenciada e interessante, despertando e incentivando os alunos a participarem de atividades atrativas, além de valorizar sua autoestima, consequentemente contribui com o crescimento da qualidade do ensino.
Deste modo, a integração entre currículo e tecnologias potencializa mudanças na aprendizagem, no ensino e na gestão da sala de aula. Porém, essas mudanças se concretizam quando compreendemos a concepção de currículo que almejamos desenvolver, identificamos as características intrínsecas das tecnologias que devem ser exploradas em atividades pedagógicas com intenções e objetivos claramente especificados, bem como entendemos que “a questão determinante não é a tecnologia, mas a forma de encarar essa mesma tecnologia” (COSTA,2005),
O desafio nesse processo está na criação de um parâmetro de educação que esteja aberto para o desenvolvimento de propostas relacionadas ao currículo, metodologias de ensino e formas de atuação dos educadores considerando as contribuições que as tecnologias proporcionam para o processo ensino e aprendizagem.
Entretanto, vale ressaltar que a tecnologia por si só não é capaz de revolucionar e nem resolver todos os problemas da educação, mas a forma de explorar essa tecnologia, por parte dos profissionais da educação é determinante para que a mesma seja uma forte aliada na mudança de paradigmas. Neste sentido, verifica-se que as contribuições significativas à aprendizagem acontecem quando integrado a um projeto Curricular com clareza da intencionalidade pedagógica voltada ao desenvolvimento da capacidade de pensar e aprender com tecnologias.
De acordo com Maria Elisabette Brisola Brito Prado “o trabalho com projetos requer mudanças na concepção de ensino e aprendizagem e, conseqüentemente, na postura do professor. Hernández (1988) enfatiza que o trabalho por projeto “não deve ser visto como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola”(P.49).” Essa compreensão é fundamental, porque aqueles que buscam apenas conhecer os procedimentos, os métodos para desenvolver projetos, acabam frustrados, pois não existe um modelo ideal pronto e acabado que dê conta da complexidade que envolve a realidade da sala de aula, do contexto escolar. Elisabette Brisola Brito Prado diz ainda que “ a pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto.”
Mas, para desenvolver projetos com sucesso no âmbito do currículo, é preciso repensar a função da escola e ter o aluno como foco principal. Portanto, o projeto precisa ser bem planejado, ter clara a sua intencionalidade, dando oportunidade de participação do aluno na escolha de temas para sua construção, fortalecer a sua autonomia, as responsabilidades, valorizar diferentes habilidades e não apenas a sua execução.
Maria Irce Gomes de Sousa
Porto Nacional, setembro de 2010
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Oi Irce,
ResponderExcluirPensar num currículo numa perspectiva pós-moderna, pensa-se como são construídos os saberes particulares, quais as práticas discursivas que constroem os sentidos entre as pessoas no seu cotidiano escolar.
Abraços,
Evina
OLÁ IRCE,
ResponderExcluirO seu comentário sobre currículo estar maravilhoso, gostei do seu comentário e de suas idéias a respeito do conceito de currículo . Elvirene .